JÁ FUMEGA MARIA PANELA!

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Domingo, 11 / 04 / 10

Sugadores de Tinto & Pães Com Chouriço Lda

Pausa.

Não podia ter desejado uma semana melhor. Mais do que a maravilhosa dialéctica comer-dormir, fui contemplada por horas extra de diversão, sol e aventura. Para quem não sabe o que é tudo isso, apresento uma pequena definição para compreenderem melhor as minhas experiências.

Comer-dormir: alegrar o estômago - fazer companhia exaustiva aos lençóis para que não se sintam sozinhos
Diversão: acto de tentar apanhar um leitão barrado com manteiga
Sol: céu sem nuvens, suor que cheira a Nivea Beauty
Aventura: efeito da audição dos guinchos da Júlia Pinheiro, porque nunca se sabe se se permanecerá vivo.

 

In Diciopédia Das Coisas Que Nem Lembram Ao Menino Jesus


Para completar este quadro simpático de felicidade, o meu grupo de Área de Projecto foi capa de um jornal pelo trabalho que desenvolveu. Quando disse à minha mãe o sucedido, acrescentei "A próxima vez que sair no jornal será na secção do Obituário com a seguinte mensagem: 7 dias de saudade. Oh mãe, é sempre a subir". Mas desta vez ela não me atirou com dois chinelos por brincar com a morte, porque estava deitada.

No mesmo dia em que fomos notícia, tive de ir à Câmara Municipal verificar se já tinham resposta para o nosso pedido de cedência de um espaço para a prática de um Torneio de Paintball. Congratulo o meu acompanhante, de seu nome Cristi, O Rei de Feitoso, por ter conseguido sobreviver incómule à experiência de passar comigo algum tempo. Já na Câmara, informámos que tínhamos petróleo nos quintais, a fim de nos atenderem mais depressa. Foi espantoso o acolhimento que nos prestaram. Para além disso, um acessor do Primeiro Ministro ligou-nos logo, disponibilizando-se para nos marcar reuniões com a Galp e destacando logo o facto de Cristi, O Rei de Feitoso ter uns olhos lindíssimos, pelo que Cristi respondeu "As ervilhas também são verdes e nem por isso o senhor lhes liga". Por fim, e depois de termos verificado que a pessoa com quem queríamos falar estava de férias, revelámos que, na verdade, tínhamos um bidon de 5 litros de petroil para lançar fogo a um sofá velho. Por causa da revelação, a nossa saída não se deu pela habitual porta, mas sim pela Torre do Relógio por intermédio de seguranças. Fiquei muito feliz quando reparei que o Cristi, O Rei de Feitoso sabia voar. Afinal a Feitoso Air Force não é composta por aviões, mas sim por uma frota de aspirantes a "sugadores de tinto" que têm de dar provas de voo, para que sejam aceites nas melhores e mais sujas tascas.

A sexta-feira passada foi mística, fui ao Spring Break Festival. O ambiente estava bom e a loucura também. Mas antes de entrar no recinto, estive em casa do namorado de uma amiga minha. Saí de lá muito perturbada, mergulhada numa crise existencial profunda, tudo por causa de alguns rapazes que lá estavam e que se maquilharam mais do que eu, que se demoraram mais do que eu, que se arranjaram melhor do que eu, pelo que perguntei-me "Onde está a mulher dentro de mim?". Contudo, rapidamente sacudi tal pensamento e analisei a questão sob outro prisma "Onde está o homem dentro deles?". O Legado dos Tokio Hotel é mesmo incrível e assustador. Depois foi tempo de curtir o som e estar com os amigos e, mais importante de tudo, foi tempo de comer os melhores pães com chouriço da minha vida. Bendito seja o shot que bebi que me obrigou a comer algo de seguida. Amen!

Depois de abandonar o festival, passei pelo areal da praia, o mar estava calmo. Podia estar aqui a falar do bonito cenário e até da companhia, mas a única coisa que importa realçar é que trouxe 1 quilo de areia para casa.

Resultado Final
Maria Panela 2 - 1 Cristi, O Rei de Feitoso

Play.

publicado por Maria Panela às 23:27
Terça-feira, 30 / 03 / 10

Dissertação Sobre Um Bolo Em Forma De Pénis

Assisti a uma demonstração de arte culinária que me perturbou imenso. Era uma estrutura de bolo de chocolate, envolta numa camada de açúcar de cobertura. Ostentava a imagem real de um pénis erecto. Toda a cobertura fora pintada de acordo com as cores naturais dos órgãos genitais, tanto no pénis, como nos testículos delicadamente coloridos de castanho e com pequenos riscos pretos a retratar o belo do pintelho. Naquelo caso, considerei que o pénis pertencia a um homem de raça branca, uma vez que era cor-de-rosa e conseguia ocupar um só tabuleiro. Os pormenores eram avassaladores, desde a veia saliente do pénis, até aos traços realistas da sua cabeça, passadando também pelo aglomerado pinto-capilar superior. O artista (prefiro não lhe chamar pasteleiro, porque um pasteleiro está limitado aos pastéis de nata e afins) retratou, ainda, o momento da ejaculação, anexando ao oríficio do pénis um creme branco.

Pergunto-me quantos milhões o Berard estaria disposto a pagar pela obra, do género:

"Quante quere plo animale?"

"Depende do fim que lhe dará, do estatuto que terá na sua Galeria..."

"E se a Galeria for no interiore das minhas pantallones? Focke You"


Questiono-me, ainda, sobre outra coisa. Que origem teve a imagem tão realista e perfeita de um bolo em forma de pénis? Terá sido resultado da experiência apurada ao longo dos tempos pelo pasteleiro-artista ou do emprego de um molde natural? Quando trinquei o bolo, tentei não me deter nestas questões, evitando o perigo de provocar um suicídio cerebral.

Curioso foi o facto de os homens presentes terem sido os que mais mostraram interesse por comer, consomando, por fim, essa vontade. Talvez, enquanto mastigavam, pensavam "Queria ter um igual...", enquanto que as raparigas reflectiam da seguinte forma "Para quê comer às fatias, quando se pode comê-lo inteiro?". Agora exagerei na maliciosidade (poupo-vos à crítica...).


Mais tarde, num bar, pude presenciar outra cena intrigante. Um homem subiu para uma mesa e começou a dançar, simulando que estava a despir-se. Por sua vez, um grupo de rapazes rodeou a mesa e pressionaram o pobre bebedo, no sentido de ele tirar mesmo as calças. Ora, o que é que me ocorreu no momento? Que aquele grupo de indíviduos simbolizava a tribo que pratica o ritual de guardar capas da revista "Men's Health" debaixo do colchão.

Que apreciação faço eu disto? Que bem que poderia integrar a tribo deles, não fosse o facto de todos eles serem homens e gostarem de se olhar de costas... A verdade é que o meu colchão foge à tradicional estrutura ortopédica, uma vez que ele é o resultado da cimentação de capas da revista "Men's Health" ao longo dos séculos. A mais velha data de 1230 e pertenceu à minha tetra da tetra da tetra da tetra da tetra da tetra da tetra da tetra da tetra da tetra da tetra da tetra tetra da tetra da tetra da tetra tetra da tetra da tetra da tetra da tetra da tetra da tetra da tetra da tetra da tetra da tetra da tetra da tetra da tetra da tetra tetra da tetra da tetra da tetra tetra da tetra da tetra tetra da tetra avó. O modelo que figurava era um guerreiro cruzado sedutor, com uma barba farta e cicatrizes na cara, com a espada numa mão e com um mouro seguro pelo colarinho na outra. Já não se fazem homens desses...

publicado por Maria Panela às 01:14
Sábado, 06 / 03 / 10

Baile de Finalistas

Baile de Finalistas, a noite que se deseja inesquecível.



Quanto a mim, não me posso queixar de momentos inquietamente inesquecíveis.



O relógio marcava as 18:30h quando comecei a ser penteada. A qualidade extra-maravilhosa do meu cabelo só comprovou o facto de eu ter passado não por uma, não por duas, mas por três cabeleireiras! A primeira cabeleireira julgou que o meu cabelo era pouca areia para o seu camião, a segunda assustou-se quando me tentou fazer caracóis e saiu algo que se assemelhava ao pêlo das ovelhas, versão morena. Devo, enfim, a minha vida capilar à terceira cabeleireira de seu nome "Messias Contemporânea", por ter feito milagres com o meu cabelo e por ter trazido ao mundo a seguinte mensagem: "Até as pessoas com cabelo curto podem ficar bonitas!"


Já em casa, pude contemplar o resultado final: uma rapariga que não era eu. Alguém se encarregou de lançar uns pós de perlimpimpim.Dramaticamente acrescento que E TUDO O VENTO LEVOU, ténis e jeans, cabelo revolto e face desnuda.


O meu pai conseguiu, durante o jantar, materializar a sua tendência de dizer coisas inconvenientes. Perguntou a um amigo meu se alguma vez ele tinha levado com um carapau na tabeleta. Há pessoas que têm pais muito "In", eu tenho um pai muito "On parvaíce ". Giro, não é? :D


Deixei-me levar pela música, na pista de dança. Os meus pés estavam a produzir carne moída. Usar saltos é doloroso e dolorosa foi também a queda que eu dei no palco. LOL Cada turma dirigia-se ao palco para tirar fotos de grupo e, para sair, tínhamos de saltar de uma altura de 1 metro. Ora, eu com saltos altos não arrisquei e sentei-me no palco para depois conseguir sair melhor. Mas no momento em que me sentei, um salto predeu-se num ferro que estava por debaixo e alguém se encostou a mim, não dando tempo de eu tirar o salto de lá. Resultado, dei uma cambalhota e caí, espalhafatosamente, no chão. 1 pessoa ficou ferida e 10 pessoas ficaram gravemente doentes de riso, nas quais onde me incluo.


Houve um rapaz que tentou que eu me aventurasse com ele, já nos envolvemos há tempos atrás, mas a minha vontade era de passar uma noite serena com os meus amigos. Talvez essa tenha sido a melhor justificação que dei a mim própria, porque, na verdade, a minha cabeça andava à deriva de alguém. Alguém que esteve comigo, alguém que dançou comigo, alguém...


Uma vez perguntaram-me se eu estava à espera do meu principe, respondi que esse principe já tinha vindo e já tinha ido. Não espero ninguem, o momento tudo dita e se a vontade surgir, acontece. É o Carpe Diem racional. Por isso, tento não condicionar-me, desejando alguém, apesar de estar a ser complicado gerir uma força que me puxa para a boca dele.

 

Foi uma noite que os meus pés jamais irão esquecer. Pés, perdoem-me o sacrifício que vos fiz passar.

publicado por Maria Panela às 16:54
Sábado, 20 / 02 / 10

"Professora, posso ir à casa de banho?" "Não! Dá-lhe um nó!"

 

As minhas aulas de física são mais ou menos assim:

 

ALUNO: "Professora, posso ir à casa de banho?"

PROF:"Não! Dá-lhe um nó."

 

E ainda há tempo para isto...

 

PROF:"Se fosses meu filho, partia-te todo!"

ALUNO:"Partia-me todo?!"

PROF:"Partia-te todo no bom sentido"

 

Caros leitores, aprendam: violência, só se for no bom sentido :p

 

 

 

Ontem fui a uma festa e, pela primeira vez na minha vida, senti-me dormente e estupidamente feliz (forma agradável de dizer "apanhar uma cadela")

 

Momento nº 1: Um amigo meu convida-me para um shot. Shot não é a palavra certa. Aquilo era 100 mL de álcool etílico puro pronto a queimar-me os tecidos celulares.

Momento nº 2: Estou a falar para um rapaz, eis senão quando o meu cérebro adopta uma atitude de lâmpada fundida, ora apaga, ora acende.

Momento nº 3: Penso: "Que merda é esta?"

 

Desafio o(a) leitor(a) a adivinhar o que se seguiu. Quem acertar ganha um LCD com 26 polegadas com sistema de som surround.

Ahah! Piadianha do dia. Não sou o Fernando Mendes, sou a Maria Panela :D

 

 

 


Hoje estive na praia. Senti a maresia, descalça, com os pés enterrados na areia onde escrevi "O amor é uma doença, quando cremos encontrar nele a cura". Ouvi uma coisa parecida numa música dos Ornatos Violeta. 

 

 


 

 

publicado por Maria Panela às 21:55

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