Ora vamos lá a mais uma crónica de "Entalanço Estudantil".
"Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.". Foi com este verso que Fernando Pessoa começou o poema dedicado ao Infante D. Henrique, na "Mensagem". Dou uma volta ao verso, viro-o ao contrário, coloco-o no lugar e pergunto-me, será que se deus quiser e eu sonhar a obra nascerá amanhã no teste? É que nesse caso restam-me 12 h para sonhar a fundo.
Como se chama a uma pessoa que escreve cartas para si própria e lhes dá resposta? Intelectual? Sabedor? Culto? Visionário? Ensinaram-me que tal comportamento se deve ao excesso de estupefacientes ingeridos, inalados, injectados, amados, lavados, cozinhados... Pois é, Senhor Fernando Pessoa, tenha cuidado, o Manel Polícia não perdoa.
Isto é o desespero de quem nada estudou, a ignorância que canta o peito ilustre da Maria Panela, que se vai da lei da morte libertando. Ajudai-me Tágides minhas, dai-me engenho e arte e um espírito santo de orelha no desespero. Não sei se tão sublime preço cabe neste blog!
(Admiro a genealidade de Pessoa, ganzado é certo, mas génio)
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